João Lourenço defende transformação de recursos em riqueza

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, defendeu nesta terça-feira, em Luanda, a necessidade de se transformar os vastos recursos que Angola dispõe em riqueza real, por formas a garantir o progresso e a melhoria significativa das condições de vida das populações.

João Lourenço falava nas conversações oficiais entre Angola e Portugal, realizadas no Palácio Presidencial, no quadro da visita do primeiro-ministro de Portugal, António Costa, iniciada na última segunda-feira no país.

Nos esforços a serem empreendidos com vista a concretização desses objectivos, o Presidente da República informou que Angola conta com a participação dos principais parceiros internacionais, entre os quais Portugal.

Segundo o estadista, há entre Angola e Portugal uma relação de estados independentes e soberanos que se respeitam e cujo governos têm a responsabilidade de traçar políticas que garantam uma cooperação sólida, em variados domínios, e o estreitamento dos laços de amizade e de cooperação económica.

Lembrou que as relações entre Angola e Portugal são históricas, seculares e com profunda carga afectiva, de amizade e de solidariedade entre os seus povos.

Sobre as negociações em curso, que passam em revista as relações bilaterais, recomendou realismo e objectividade para que os laços se tornem estáveis e profícuos no presente e no futuro.

A visita do primeiro-ministro luso termina nesta terça-feira. António Costa anunciou, em Angola, o aumento da linha de crédito de apoio às exportações de mil milhões de euros para mil e 500 milhões.

Por seu turno, o 1° Ministro Português defendeu a implementação de relações equilibradas com Angola, que associem interesses comuns para o alcance de parceira estratégica.

Segundo o governante, Angola é o principal parceiro de Portugal em África, tornando-se, por isso, essencial que as autoridades políticas criem o melhor quadro legal para que, entre outras, as empresas invistam, criem riquezas, empregos e produzam.

Referiu que o facto de 25 porcento de empresas portuguesas exportarem para Angola, dá a dimensão da profundidade das relações económicas entre os dois países, apesar da crise mundial da última década.

Congratula-se pelo facto de se registar um aumento de exportações de 12% em 2017 e serem promissores os indicativos para este ano.

Manifestou o interesse em ajudar Angola na estabilidade e diversificação da económica, priorizando a aposta na educação, como condição essencial para o seu desenvolvimento. O primeiro-ministro português afirmou que, respondendo a ambição do novo ciclo político em Angola, será rubricado o acordo de cooperação técnica entre os ministérios responsáveis pela agricultura, para o período 2019/2021, no intuito de valorizar o potencial angolano.

Disse ser uma oportunidade para reforçar a autonomia económica de Angola, mas também uma enorme ocasião para quem queira investir e colaborar no desenvolvimento da parceira luso-angolana. Manifestou a reciprocidade da abertura ao investimento angolano em Portugal, valorizando, por isso, a criação de condições de confiança e um bom ambiente de negócios para que os agentes económicos sintam um certo conforto.

António Costa felicitou a aprovação das leis de investimento privado e a da concorrência em Angola. No quadro da sua visita oficial a Angola, o primeiro-ministro luso anunciou o aumento da linha de crédito de apoio às exportações de mil milhões de euros para mil e 500 milhões para o país.

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