Palancas Negras Gigantes já passam as duas centenas
Deste número, 70 estão controladas no Parque Nacional de Cangandala e 150 na reserva Integral do Luando, contra os 60 e 140, respectivamente, registados, até Março, de 2018.
A caça furtiva, quer comercial quer de sobrevivência, continua a ser a principal ameaça contra esta espécie, de acordo com o secretário de Estado do Ambiente, Joaquim Manuel.
O responsável falava durante o workshop de balanço das actividades do Programa de Conservação deste animal, realizadas em 2018, numa iniciativa da Fundação Kissama, através do Comité Executivo para o acompanhamento e reforço da implementação das medidas de protecção e conservação da Palanca Negra Gigante, criado em Despacho Presidencial.
Um inventário será realizado em Junho próximo, para se saber ao certo a população animal concentrada nas duas áreas protegidas.
O crescimento desta espécie está, actualmente, na ordem dos 10% , enquanto o ideal seria 70%, para que, em caso de catástrofe na zona se possa ter exemplares suficientes para a sua sobrevivência.
Para se travar a caça furtiva e outros males, o País precisa oito mil fiscais contra os actuais mil e 600 efectivos, que não conseguem cobrir as vastas áreas protegidas do País.
No caso de Malanje, segundo o secretário de Estado, a caça é mais efectiva na Reserva Integral do Luando em relação ao parque Nacional de Cangandala por serem áreas bastantes vastas onde há falta de fiscais.
A inserção de novas tecnologias de controlo, como drones, que podem ajudar na detenção de caçadores furtivos, foi uma das soluções apresentadas pelo responsável.
Levar o turismo nestas zonas no sentido de levar educação ambiental e dar a conhecer o significado da espécie para angariação de fundos para conservação da espécie, além da inserção das comunidades das redondezas que hoje se sentem marginalizadas na própria conservação, são entre outros desafios em carteira.
O Comité Executivo de Reforço de Implantação e Conservação da Palanca Negra Gigante, criado em Dezembro de 2017, pelo Presidente da República, João Lourenço, tem trabalhado para garantir o acompanhamento e informação da vida do animal, desde o número desta espécie e a sua capacidade de reprodução anual.
Sob coordenação do ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, integram o comité os ministros do Ambiente, da Defesa Nacional, da Hotelaria e Turismo e do Interior.
Referência Ministério do Ambiente de Angola